Setor de serviços avança 1,7% em março e encerra 1º tri de 2022 positivo

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O ritmo de serviços prestados no Brasil avançou 1,7% no mês de março frente a fevereiro, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), publicado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Foi a segunda elevação consecutiva e o melhor resultado para meses de março desde 2011, quando iniciou a série histórica da pesquisa.

Levando em consideração a comparação com o mesmo mês do ano passado, a aceleração foi de 11,4%. “Com esse resultado, o setor recupera a perda de 1,8% de janeiro, alcança o maior nível desde maio de 2015 e fica 7,2% acima do patamar pré-pandemia”, divulgou o IBGE.

O número apresentado foi superior as expectativas. A mediana de 26 projeções de consultorias e instituições financeiras compiladas pelo Valor Data era de elevação de 0,9% em março, contra fevereiro.

O IBGE revisou o resultado do segundo mês do ano, que saltou de uma retração de -0,2% para uma progressão de 0,4%.

“A gente atribui esse bom desempenho do setor de serviços, sobretudo, àqueles serviços prestados às empresas, menos aos serviços prestados às famílias, único dos cinco segmentos do setor que ainda não recuperou o patamar pré-pandemia”, destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Sobre o acumulado anual, o ritmo de serviços prestados no Brasil cresceu 9,4% em comparação de igual período no último ano. Em 12 meses, a aceleração acumulada foi de 13% em fevereiro para um ligeiro avanço de 13,6% em março, seguindo a trajetória de progressão iniciada em fevereiro de 2021.

O setor atingiu o patamar mais elevado desde maio de 2015, porém ainda continua 4% inferior ao ponto mais alto da série histórica, visto em novembro de 2014.

O setor de serviços é o que possui mais impacto na economia brasileira e tem demonstrado uma retomada desigual, com os serviços prestados às famílias ainda ocorrendo em um nível de atividade mais fraco em comparação ao padrão pré-pandemia.

O setor encerrou o 1º trimestre de 2022 com avanço de 1,8%, frente ao 4º trimestre de 2021. Esse número corresponde ao 7º resultado positivo na comparação de um trimestre ante o trimestre imediatamente anterior. Frente ao mesmo período do último ano, o crescimento foi de 9,4%.

Os resultados do mês de março foram: Serviços prestados às famílias (2,4%), Serviços de alojamento e alimentação (1,4%), Outros serviços prestados às famílias (8,5%), Serviços de informação e comunicação (1,7%), Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) (3%), Telecomunicações (-0,4%), Serviços de tecnologia da informação (2,7%), Serviços audiovisuais (6,1%), Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,5%), Serviços técnico-profissionais (4,3%), Serviços administrativos e complementares (-1,1%), Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,7%), Transporte terrestre (2,3%),Transporte aquaviário (-8,1%), Transporte aéreo (15,6%), Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,8%) e Outros serviços (1,6%).

“Dentre os setores que mais influenciaram a alta dessa atividade está o rodoviário de cargas, especialmente o vinculado ao comércio eletrônico e ao agronegócio. É a principal modalidade de transporte de carga pelas cidades brasileiras e seu uso ficou ainda mais acentuado após os meses mais cruciais da pandemia”, disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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