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Foram divulgados nesta quinta-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) o Índice de Confiança do Comércio (Icom) e o Índice de Confiança de Serviços (ICS). Ambos apresentam uma sondagem das percepções dos integrantes dos seus respectivos setores sobre a economia, o mercado e as perspectivas para o futuro.
Comércio
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 0,9 ponto de março para abril, para 85,9 pontos. Em relação as médias móveis trimestrais, o indicador cresceu 0,3 ponto.
“Em abril, houve piora da confiança do comércio pelo segundo mês consecutivo, com uma composição muito parecida com a do mês anterior. Mais uma vez, o viés negativo do resultado foi puxado por uma nova queda significativa das expectativas em relação aos próximos meses”, disse Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em abril, ocorreu queda na confiança em dois dos seis principais segmentos do comércio.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) acelerou 5,3 pontos, para 92,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 6,8 pontos, para 79,6 pontos.
“Para os próximos meses, o cenário ainda parece incerto, dado que as perspectivas dos empresários sobre vendas, tendência dos negócios e emprego são de queda, o ambiente macroeconômico complicado e a confiança dos consumidores estão oscilando em patamar baixo”, acrescentou Tobler.
A Sondagem do Comércio de mês de abril apurou informações de 760 empresas entre os dias 1º e 26 do mês.
Serviços
Já em relação ao Índice de Confiança de Serviços (ICS), foi registrado avanço de 4,0 pontos na passagem de março para abril, na série com ajuste sazonal, para 96,2 pontos, segundo a FGV. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 1,7 ponto, a primeira alta no ano de 2022.
“A confiança de serviços avança pelo segundo mês consecutivo, sugerindo voltar ao padrão de retomada que ocorreu ao longo de 2021. O resultado foi disseminado entre os principais segmentos e mais influenciado pelo segmento de serviços prestados às famílias, que parecem responder positivamente à melhora da pandemia depois do surto de Ômicron no início de 2022. A melhora também foi difusa entre indicadores sobre o presente e de expectativas”, avaliou Tobler em nota oficial.
Em abril, ocorreu avanço na confiança em 12 dos 13 segmentos apurados.
O Índice de Situação Atual (ISA-S) acelerou 5,1 pontos, para 96,0 pontos, nível mais elevado desde abril de 2014, quando estava em 96,3 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) teve alta de 2,9 pontos, para 96,6 pontos.
“Para os próximos meses, ainda é possível imaginar continuidade de recuperação, dado que o setor de serviços foi o que mais sofreu ao longo da pandemia. Contudo, altas mais expressivas ainda dependem de melhora do cenário macroeconômico”, completou Tobler.
A apuração de informações para a edição de abril da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.459 empresas entre os dias 1º e 26 do mês.
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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