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Na passagem do mês de fevereiro para março de 2022, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 3,1 pontos, para 74,8 pontos, externou nesta sexta-feira (25) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A escala vai de 0 a 200 pontos.
“A confiança dos consumidores voltou a cair em março, devolvendo 82% dos ganhos de fevereiro. Houve piora das avaliações sobre a situação atual e das expectativas em relação aos próximos meses”, disse Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
De acordo com o levantamento deste mês, o descontentamento dos consumidores em relação a situação financeira familiar chegou ao patamar mais baixo desde abril de 2016.
A pesquisadora explicou também que a retração da confiança foi puxada pela inflação, pela uma lenta retomada do mercado de trabalho e pelo endividamento das famílias, com destaque para as famílias com menor poder aquisitivo. “Diante das perspectivas negativas sobre a economia, consumidores voltam a ficar cautelosos e diminuem seu ímpeto de compras nos próximos meses”, relatou.
Em relação as médias móveis trimestrais, o índice oscilou 0,2 ponto, para 75,6 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Entre os quesitos que resultam no ICC, o indicador que mede a percepção sobre a situação econômica futura foi o que mais puxou a queda do otimismo no mês ao regredir 7,5 pontos para 93,3 pontos, nível mais baixo desde março de 2021 (92,5 pontos).
Já na apuração feita por faixa de renda, houve queda da confiança para todos os consumidores, com ênfase para os que tem uma renda entre R$ 4.800,01 até R$ 9.600,00, cujo ICC recuou 6,7 pontos, para 78 pontos, valor mais baixo desde maio de 2021 (72,1 pontos). Já entre a população que tem o poder aquisitivo mais baixo, a retração foi de 4 pontos, para 69 pontos – o menor patamar entre todas as faixas.
Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)
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