De 2019 para 2020, setor de serviços perdeu 1,1% das empresas e 2,4% dos postos de trabalho

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De acordo com a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2020 externada ontem (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ano registrou um total de 1.368.885 de empresas, com retração de 1,1% em frente a 2019, muito por conta de uma forte contração no segmento de serviços prestados principalmente às famílias. Já o segmento dos serviços profissionais, administrativos e complementares estava no topo do ranking de ocupação, com 5,5 milhões de pessoas ocupadas. Sobre 2019, o setor de serviços perdeu 2,4% do pessoal ocupado.

“A atividade de serviços é muito heterogênea. Então elas se adequaram muito individualmente ao cenário de pandemia”, disse Marcelo Miranda Freire de Melo, técnico da pesquisa do IBGE. “As atividades que não tinham necessidade presencial, que podiam ter home office ou teletrabalho, não tiveram tanto impacto”, justificou.

Os serviços prestados às famílias registraram uma retração mais significativa proporcional em número de empresas, uma redução de 14,3%. O subsetor que mais cedeu postos de trabalho, em números absolutos, foi o de serviços de alimentação, o correspondente a 329,2 mil vagas encerradas. Proporcionalmente, o segmento que mais demitiu trabalhadores foi o de agências de viagens, operadores turísticos e outros serviços de turismo, uma queda de 28,4% no pessoal ocupado.

O setor mais impactado foi o de serviços prestados principalmente às famílias com retração de 16,4% no quadro de colaboradores, ou seja, menos 467,9 mil ocupações. Dentro desse segmento, a principal influência negativa foi o subgrupo dos serviços de alimentação: -18,7% representando menos 329,2 mil pessoas ocupadas. Agências de viagens, operadores de turismo e outras atividades de turismo também encolheram fortemente (28,4%) assim como edição integrada à impressão (21,2%).

Entre as maiores elevações observadas, vale ressaltar a seleção, agenciamento e locação de mão de obra, que representa a terceirização, opção de muitas empresas durante a pandemia. “Foi o maior aumento de pessoas, em número absoluto (143,1 mil) e em percentual (22,2%)”, analisa Miranda.

(Redação: Victor Boscato – Supervisionado por: Fernanda Zambianco)

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