Balança comercial encerra 2022 com superávit recorde de US$ 62,3 bilhões

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Segundo informações divulgadas pelo governo federal, a balança comercial brasileira registrou e 2022 um superávit recorde de US$ 62,3 bilhões. É o maior valor da série histórica iniciada em 1989.

Em 2021, a balança comercial ficou positiva em US$ 61,4 bilhões. O resultado do último ano representa um crescimento de 1,5%.

No fechamento o ano passado, as exportações somaram US$ 335 bilhões e as importações somaram US$ 272,7 bilhões.

Sobre as exportações, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, pela média diária, registraram alta de 19,3%, com média diária de US$ 1,3 bilhão, batendo também o recorde da série histórica.

Como destaques, estão o aumento das vendas para a China (aumento de 1,5% na média diária, para um total de US$ 91,3 bilhões), para a União Europeia (aumento de 39,6% para US$ 51 bi), para os Estados Unidos (20,2%, para US$ 37,4 bilhões) e para a Argentina (29,3% para US$ 15,4 bilhões).

Na lista dos principais produtos exportados estão soja (valor total exportado de US$ 46,7 bilhões e crescimento de 20,8%); óleos brutos de petróleo (US$ 42,7 bilhões, com alta 39,5%); minério de ferro e seus concentrados (US$ 28,9 bilhões, com recuo de 35,3%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (US$ 13 bilhões, com alta de 79,5%); milho não moído, exceto milho doce (US$ 12,3 bilhões e crescimento de 194,1%); e carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (US$ 11,8 bilhões, aumento de 48,2%).

Ainda segundo dados externados, as importações subiram 24,3% no ano de 2022 e somaram, pela média diária, US$ 1,09 bilhão. Esse também foi o maior valor desde que os números começaram a ser contabilizados. “O conflito no leste europeu trouxe desequilíbrios para o mercado de fertilizantes, o que encareceu a cotação internacional desses produtos e deixou um cenário de incertezas sobre seu fornecimento. Também houve o encarecimento do trigo, já que a Ucrânia é um dos principais produtores mundiais”, informou o Ministério do Desenvolvimento.

O governo destacou também que a guerra mexeu também com o preço de “commodities” (produtos básicos) energéticas, como petróleo, combustíveis e gás natural, produtos com peso na pauta de importação do Brasil.

Entre os principais itens importados estão adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (US$ 24,8 bilhões, +63,6%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (US$ 23,6 bilhões, +75,3%); válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (US$ 11,5 bilhões, +44,6%); compostos organo-inorgânicos (US$ 9,9 bilhões, +55%); partes e acessórios dos veículos automotivos (US$ 7,6 bilhões, 5,5%); e medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (US$ 7,1 bilhões, -12,2%).

(Redação: Fernanda Zambianco)